Saúde

Razão ou emoção? Eis a questão!

A perceção e reconhecimento, apresentam-se como uma das “funcionalidades” da inteligência emocional

Durante muitos anos, fomos habituados a olhar para a razão e para a emoção, como duas dimensões independentes e anuláveis entre si. Quase era possível dividirmos as pessoas em dois grandes grupos. Um grupo que se guiava mais pelas emoções e que muitas vezes era encarado como algo perigoso, sobretudo ao nível dos negócios. E um outro grupo de pessoas que pareciam não transmitir nenhum tipo de emoção, levando uma vida altamente pensada e estruturada, onde imperava a razão.

 

Contudo, uma nova corrente emergiu e revolucionou a forma como olhamos para a razão e a emoção. Com o desenvolvimento da investigação na psicologia, percebemos hoje que estas duas dimensões não se anulam obrigatoriamente, podendo coexistir e proporcionando uma alta taxa de eficácia, por parte das pessoas que apresentam a capacidade de as utilizar de forma eficiente. A inteligência emocional evoca na sua própria nomenclatura a articulação fundamental sobre estas duas capacidades. Este conceito apresenta-nos a hipótese de as emoções poderem ser geridas e geradas nos momentos certos, atribuindo uma maior taxa de sucesso nos objetivos a que nos propomos. A inteligência emocional assume-se como uma competência chave no que concerne à nossa eficácia nos diferentes contextos de vida (pessoal, familiar, escolar ou profissional). Tal como muitos outros construtos psicológicos, o “nível” de inteligência emocional irá ser afetado por uma série de variáveis tais como: a cultura, experiências passadas e práticas educacionais.

 

A perceção e reconhecimento, apresentam-se como uma das “funcionalidades” da inteligência emocional. Na verdade, para sabermos gerir e gerar emoções, torna-se absolutamente imperativo que numa primeira instância saibamos claramente diferenciar as emoções. Sabermos claramente o que estamos a sentir e em que momento estamos a sentir. O porquê de estar a sentir o que estou a sentir, permite-nos tornar mais previsíveis para nós próprios em situações futuras e semelhantes. E podendo antecipar aquilo que vou sentir em determinada situação com maior antecedência, permitirá também gerar alternativas emocionais com maior antecedência.

 

Neste sentido, para iniciar o seu processo pessoal relativo à inteligência emocional, procure saber o que sente, em que momentos sente e porque sente o que sente. Desta forma, estará já, um passo mais próximo de se tornar um “expert” na inteligência emocional, podendo ser mais eficaz nos diferentes domínios da sua vida.

 

 

Dr. José Garrett

Psicólogo & Coach em saúde e bem-estar

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