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Autoconfiança

É perfeitamente possível que uma pessoa seja extremamente autoconfiante em determinados aspetos da sua vida e noutros a sua autoconfiança seja bastante menos positiva

No mundo de hoje, a nossa rotina está submetida a um ritmo bastante acelerado e somos constantemente desafiados a encarnar diferentes papeis. É possível que na mesma semana (ou até no mesmo dia) sejamos desafiados a ser subordinado, chefe, amigo(a), filho(a), pai ou mãe, marido ou mulher, atleta, artista, entre outros. Somos postos à prova permanentemente em situações desafiadoras que exigem de nós uma resposta que vá de encontro às expectativas dos outros, mas que acima de tudo vá de encontro às nossas expectativas sobre nós próprios. E aqui entra uma competência psicológica fundamental quer para a nossa possibilidade de sucesso, quer para o nosso bem-estar. A autoconfiança.

 

Para melhor compreendermos este conceito, precisamos de saber o que ele significa. Podemos encarar a autoconfiança como a perceção de capacidade ou de habilidade em algum aspeto específico da nossa vida. Por exemplo, um palestrante autoconfiante será aquele que reconhece em si próprio competências essenciais para realizar uma preleção acima da média, tais como capacidade de se expressar oralmente, capacidade de captar atenção do público ou o à vontade com o conteúdo que está a expor. Na realidade, a autoconfiança é uma competência altamente específica. Por exemplo, dentro das funções de uma determinada profissão, a mesma pessoa pode ser altamente autoconfiante na sua capacidade técnica, executando as suas funções quase na perfeição, mas pode ser muito pouco autoconfiante nas suas capacidades enquanto formador de novos técnicos. Tal como noutros aspetos psicológicos, a autoconfiança é uma competência que deve contemplar um certo equilíbrio. Se por um lado uma baixa autoconfiança em determinado aspeto, pode ser gerador de uma ansiedade excessiva e pode reduzir a nossa possibilidade de sucesso, por outro uma autoconfiança excessiva pode inibir a possibilidade de autoavaliação e consequentemente de progresso, podendo também por si só levar a um relaxamento excessivo, promovendo um resultado (ainda que positivo) aquém do seu potencial.

 

Posto isto, podemos então perceber que é perfeitamente possível que uma pessoa seja extremamente autoconfiante em determinados aspetos da sua vida e noutros a sua autoconfiança seja bastante menos positiva. É também possível ter uma boa autoestima e ser pouco autoconfiante relativamente a determinadas áreas da sua vida, no entanto essa será uma diferença para explorar num artigo futuro.

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