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Rede Anti-social

Conheça na prática quais os efeitos ao nível psicológico e social que as redes sociais representam.

As tecnologias de informação e comunicação vieram revolucionar a forma como interagimos e nos relacionamos. Durantes os últimos anos os avanços têm sido cada vez mais significativos e a sua presença no nosso quotidiano tem assumido uma preponderância cada vez maior. De facto, pensemos na forma como a televisão tem evoluído, permitindo que hoje o usuário possa escolher o que consumir e quando quer consumir. Outro dos aspetos que tem crescido a um ritmo elevado no que concerne ao papel que representa no dia a dia de muitas pessoas, é aquilo que frequentemente denominamos como redes sociais. Este crescimento e esta presença constante, fomentou a necessidade de se conhecer na prática quais os efeitos ao nível psicológico e social que as redes sociais representam.

 

Criadas com o intuito de promover a proximidade entre as pessoas, encurtando as distâncias entre si, bem como facto de permitir uma interação de forma mais rápida e imediata, as redes sociais rapidamente conquistaram a maioria das pessoas. De meros utilizadores esporádicos, muitos foram aqueles que de forma progressiva foram despendendo cada vez mais tempo do seu dia, navegando numa rede social. Se por um lado, estas apresentam enumeras vantagens, tais como as acima descritas, mas também a partilha de notícias ou a divulgação de um trabalho, também apresentam diversas desvantagens.

 

Tal como já foi dito, tem sido muita a investigação realizada sobre esta temática. Sabendo que a experiência numa rede social é bastante pessoal, esta vai depender da perceção de significado que a cada um atribui à mesma. Não obstante, é possível elencar alguns riscos, dos quais gostaria de destacar dois. Primeiramente o risco de promoção ao isolamento social, pois a possibilidade de construir uma realidade paralela, onde a pessoa perceciona um maior nível de controlo, pode conduzir a uma perda de interesse pela sua realidade física em detrimento da sua realidade virtual. Em seguida, a comparação social. Dado o volume e a velocidade com que a informação passa numa rede social, esta poderá suscitar a necessidade de estar presente, para diminuir a perceção de excluído relativamente aos outros. Esta pressão de publicar associada à comparação feita com outros utilizadores, pode potenciar de certa forma o risco de desenvolver uma baixa autoestima, podendo mesmo gerar sintomatologia do foro ansioso e depressivo. Neste sentido, é importante haver uma utilização moderada e enquadrada na vida de cada um, sobretudo nos adolescentes, pois estes estão numa fase de construção da sua identidade.

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