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Mas afinal o que me faz mexer?

M o t i v a ç ã o

 

Alguma vez se questionou sobre o que o faz mover, esforçar-se e até superar-se em relação algum aspeto da sua vida? Muitas vezes, quando estamos no ponto de partida relativamente a um determinado objetivo, duvidamos de nós mesmos e das nossas capacidades reais em alcançá-lo. Mas e quando conseguimos atingir esse mesmo objetivo e olhamos para todo o percurso, frequentemente atribuímos o mérito de tal conquistas a fatores externos, como a sorte ou a intervenção de outras pessoas que tiveram com certeza muito mais influência que nós mesmos.

 

No entanto, em algumas situações, nós somos mesmo os principais responsáveis das nossas conquistas. Mas afinal como fomos capazes de conseguir atingir tal objetivo que ultrapassa largamente a nossa capacidade? Frequentemente podemos encontrar a resposta a estas dúvidas num processo a que chamamos de motivação. De facto, é importante percebermos melhor um pouco mais sobre este processo, para que possamos atingir mais vezes aquilo que pretendemos.

 

Diversas têm sido as teorias que procuram explicar o processo da motivação.

Muitas delas não se excluem, mas complementam-se. Sendo importante um olhar integrador sobre as diferentes abordagens, hoje irei centrar-me numa em concreto. Antes de mais é fundamental existir um processo de autoconhecimento para que a pessoa possa perceber de facto onde estão as suas motivações, quais os fatores que facilitaram e dificultaram a concretização de determinado objetivo e o que está ao seu alcance modificar. Olhemos para o seguinte exemplo: “A Joana trabalha em determinada empresa que atribuí com regularidade promoções hierárquicas aos seus colaboradores. Seguindo o planeamento que fez da sua carreira profissional, esta promoção é muito importante para a Joana, pois sempre sonhou ter um cargo de responsabilidade numa grande empresa. Só assim se sentiria realizada profissionalmente. No entanto, a Joana tem no seu colega João um grande rival, pois este ambiciona bastante a mesma promoção. Contudo, para o João esta promoção é muito importante pois representa um aumento salarial significativo. Enquanto a Joana aceitaria o cargo, mesmo que este não representasse um progresso salarial, o João nunca aceitaria mais responsabilidade se esta não viesse com o devido aumento na sua remuneração”.

 

Ao analisarmos a situação acima descrita percebermos que perante a mesma situação estamos perante motivações de naturezas diferentes. No caso da Joana podemos considerar que a sua motivação como intrínseca e no caso do João podemos considerar a sua motivação como extrínseca. Apesar de em muitas ocasiões estes dois tipos de motivação poderem coexistir, é fundamental percebermos qual é aquele que prevalece. Só após esta análise poderemos perceber que estratégias devemos adotar para a concretização dos nossos objetivos e só dessa forma podermos alcançar mais vezes aquilo que realmente desejamos e é importante para nós.

 

 

Dr. José Garrett - Psicólogo e Coach em Saúde e Bem-estar

 

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