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Acredita que nunca será capaz de inspirar os outros?

A Liderança

Alguma vez teve que orientar um grupo de pessoas? Alguma vez considerou não ser a pessoa mais indicada para determinado cargo, por não confiar na sua capacidade de mobilizar uma equipa? Acredita que nunca será capaz de inspirar os outros?

 

Se há conceito que tem merecido destaque e debate ao longo da história, é o conceito de liderança. Em todas as organizações hierarquizadas existem processos diretos ou indiretos de liderança. Existem contextos onde este processo é mais premente e visível, como o contexto desportivo ou de altos cargos em empresas. Onde grande parte do sucesso obtido é, em muitas situações, atribuído à eficácia deste processo. Porque é que vemos pessoas com enorme potencial técnico serem incapazes de liderar um grupo de pessoas? E por outro lado, porque é que vemos pessoas menos bem preparadas tecnicamente terem amplo sucesso na arte de liderar? Será que estamos perante uma característica inata, na qual pouca influência temos? Uns nascem para liderar e outros para serem liderados?

 

 

Olhando àquilo que têm sido as teorias formuladas neste campo, percebemos que qualquer pessoa pode ser um bom líder. Tal como outras características da nossa personalidade, podem existir pessoas que de uma forma mais inata demonstrem maior apetência para ser a figura de referência em determinado grupo. No entanto, quando partimos para o exercício de dissecar a liderança em pequenas frações, percebemos que este conceito é constituído pela convergência de algumas competências, que podem ser adquiridas, treinadas ou aprimoradas.

 

Duas competências que se encontram intimamente ligadas a um processo de liderança eficaz são a empatia e a comunicação. Quantas vezes tomamos decisões, que visam corresponder às expectativas e necessidades de outra pessoa e na prática não surtem o efeito esperado. Percebendo a empatia como a capacidade de nos colocarmos na posição do outro, rapidamente percebemos que esta é uma competência-chave neste processo. Só poderemos tomar decisões que visem os interesses do outro, quando somos capazes de sentir, perceber e aceitar o outro como ele é. Caso contrário, a nossa decisão será sempre enviesada pela nossa perceção da realidade e não pela realidade de quem é “afetado” pela nossa decisão.

 

Outra competência que dificilmente separamos da liderança é a comunicação. Entendendo a comunicação como um processo que envolve a troca de informação, gerando uma resposta e que contém sempre um emissor e pelo menos um recetor. Facilmente compreendemos que dificilmente a liderança não teria uma forte relação com a comunicação. Desta forma torna-se imperativo que um líder eficaz tenha plena consciência dos seus padrões de comunicação, para que se possa ajustar da forma mais adequada a cada situação.

 

Com base nestes dois exemplos percebemos que a capacidade de liderança pode ser um processo aprendido e que afinal não só aqueles que “nasceram para liderar” serão os únicos com capacidade para tal.

 

Dr. José Garrett - Psicólogo e Coach em Saúde e Bem-estar

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